quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sobre a princesa e sobre o Hannon

Post rápido sobre Divine Comedy não vale. Mas dá pra mostrar do que se trata o humor do Sr. Hannon. Conheci o DC com uma canção chamada "The pop singer's fear of the pollen count" que é divertida demais e sempre me dá vontade de dançar igual a um tontão - e geralmente o faço. Fui procurar mais coisas do DC na net e comecei a esbarrar em grandes chacotas, do tipo "Songs of Love" e "Everybody knows" - essa última, pelo tom dramático teatral me faz lembrar do Antonio Aguilar. "Frog Princess" foi uma dessas que me divertiram demais - aquele som de guilhotina no final é impagável.
Descobri o que DC na verdade é um cara só: a banda já teve outras formações mas era o Neil Hannon que dava o tom de tudo. Tendo conhecido tudo o que produziram posso dizer que o que é lindo no DC - ou no trabalho do Neil - é que ele usa influências de todos os tempos e de todos os lugares da Europa pra fazer canções que, entre coisas, fazem uma crítica arreganhada, bizonha e divertida do estilo de vida europeu - e até e sua história. Exemplo bom é esse. E o Neil não perde o tom mesmo quando fala sério: "Sunrise" trata da situação na Irlanda e a violência da tensão entre católicos e protestantes, mas não deixa de ser irônica quando diz

"eu sabia que tinha algo errado
Por isso mantive a cabeça baixa
E segui em frente"

Outra belíssima canção, séria, faz uma releitura de "When I fall in love", gravada por Nathaniel Cole. O nome é "Timewatching": profunda, densa, mas a própria releitura dá um tom de deboche, como se dissesse a quem ouviu a outra que as coisas não são tão simples - e ainda fala de um amor como o que trata o Cole que nunca foi encontrado. Acho que por isso tem esse nome.

Divine Comedy é absolutamente genial. Brilhantismo dos mais divertidos.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Princesa Sapo

São Paulo. Aeroporto de Congonhas. 8:15h. Pra alegrar a manhã enquanto esperava o voo, Mr. Neil Hannon na orelha e o melhor de Divine Comedy. Ladies and gentlemen, Mr. Hannon!



I met a girl, she was a frog princess
I guess I ought to make it clear
that I saw nothing through her see-through dress
until she whispered in my ear
You don't really love me and I don't really mind
'cause I don't love anybody, that stuff is just a waste of time
Your place or mine?
I met a girl, she was a complete mess
I should've left her well alone, but oh no, not me
I had to see if underneath that dress
her heart was really made of stone
You don't really love me and I don't really mind
'cause I don't love anybody, that stuff is just a waste of time
Your place or mine?
I met a girl, she was a frog princess
and yes I do regret it now
But how was I to know that just one kiss
could turn my frog into a cow?
And now I'm rid of her I must confess
to thinking 'bout what might have been
And I can visualize my frog princess
beneath a shining guillotine
You don't really love me and baby that is alright
'cause I dont love anybody,
I come and go through peoples love-lives
Your place or mine?

sábado, 21 de novembro de 2009

Elephants

Ah, Rachael...
Bela canção, do álbum - duplo! - Elephants... Teeth sinking into heart


If the elephants have past lives yet are destined to always remember
It's no wonder how they scream
Like you and I they must have some temper

And I am dreaming of them on the plains
Dirtying up their beds
Watching for some sign of rain to cool their hot heads

And how dare that you send me that card when I'm doing all that I can do
You are forcing me to remember when all I want is to just forget you

If the tiger shall protect her young then tell me how did you slip by
All my instincts have failed me for once
I must have somehow slept the whole night

And I am dreaming of them with their kill
Tearing it all apart
Blood dripping from their lips and teeth sinking into heart

And how dare that you say you'll call
When you know I need some peace of mind
If you have to take sides with the animals
Won't you do it with one who is kind

And if the hawks in the trees need the dead
If you're living you don't stand a chance
For a time though you share the same bed
There are only two ends to this dance

You can flee with your wounds just in time or lie there as he feeds
Watching yourself ripped to shreds and laughing as you bleed

So for those of you falling in love keep it kind
Keep it good
Keep it right
Throw yourself in the midst of danger but keep one eye open at night

domingo, 8 de novembro de 2009

Misturando música

Sinto falta de escrever sobre a generalidades das coisas. Às vezes, um nó na cabeça só se desfaz se dá pra pensar muito sobre o motivo do nó. Pode parecer, à luz das letras que se organizam, que não há motivo pra nó nenhum e aí dá-se o seu desatar.
Mesmo sem escrever, contudo, ando "desatando nós" nas músicas que escuto. A escolha de uma música, invariavelmente, passa pelo que sentimos ou pelo que temos na cabeça, mesmo que inconscientemente. Andei escutando rock por conta de uma pesquisa, e fora isso, escutava clássicos e jazz pra dar uma relaxada, e, claro!, um samba pra dar uma acordada. Essa semana percebi uma mudança drástica nos padrões e nos versos a que dou atenção. Acho que tudo começou com Aline Calixto:

"Faz o seguinte
Deixa tudo como antes
O sol e a lua são amantes
Mas não podem se encontrar"

Mais tarde, foi a vez de Peter Gabriel. Primeiro foi "Secret World", alguns versos pela música, mas principalmente esses:

"Did you think you didn't have to choose it
That I alone could win or lose it"

O detalhe com "Secret World" é que no concerto Growing Up, o Peter explica que:

"Sometimes you can see a couple so close together that bits of them disappear in the space that forms between them and it gets hard to distinguish which one is which. That's what I identify as the secret world"

Ou algo assim. E a música toda parece ter um tom do que penso, como coisa que se diz em abraço, pra ver que não tem nada a ver. E aí, Peter de novo até o final de semana, e agora, enquanto escrevo. Em seguida "Come talk to me" martelava. A imagem de Paula Cole e a cabine telefônica de onde parte o homem em busca de contato - que não acontece.

Ontem foi a vez de "In your eyes". "Nuff said". Pra quem não sabe, "In your eyes" foi escrita pra Rosana Arquette, que foi esposa de Peter.

Sintomático o suficiente, de cabeça em chamas, a semana também teve Chet Baker, Dave Matthews, Nouvelle Vague, Metric e surpreendemente teve La Roux, que aumentou o nó um tanto - e que acabou em "In your eyes" e a "fundação das igrejas":

"I see the doorway to a thousand churches"

Sigo de Peter, ouvindo retumbantes "Come talk to me" e "Secret World".

"In our secret world, we were colliding
In all the places we were hiding love
What was it we were thinking of?"

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Música e internet bonita!

Há alguns anos, assisti a um espetáculo de um grupo de dança australiano. É um espetáculo lindo. Não sei nada de dança e performance, por isso não vou me deter. Sei que achei sensacional.
Também não sei nada de música, mas eu gostei demais da trilha do espetáculo. Quando pude, comecei a pesquisar de quem era. Descobri um nome: John Philips. Não! Não é o cara do The Mamas and The Papas. É outro que nunca consegui encontrar. Acabou que passou: esqueci da música, esqueci o grupo. Esses dias, ouvi falar do FID e me lembrei. "Vou procurar!" Entrei no site dos caras e mandei logo um e-mail pra ter mais informações.
Cara... internet útil é uma coisa bonita demais! E música pode mesmo mudar o mundo. Uma moça muito simpática respondeu rapidinho, dizendo que seria um prazer me enviar um CD. A resposta sozinha, tendo sido tão atenciosa e simpática, já teria sido "música para os meus ouvidos". Com uma oferta dessa... Fiquei sem palavras. Demorei um tempo pra responder agradecendo e, enquanto escrevia essas linhas, eles já responderam dizendo que agora é só esperar.
Música muda o mundo!

P.S.: não vou contar de que grupo tô falando pra ninguém tirar vantagem dos caras. Uma hora divulgo. :D

sábado, 31 de outubro de 2009

Crush



Depois de muito tempo, voltei a ouvir Dave Matthews Band. Essa aí tocou um bocado.
Uma coisa que é muito importante em toda arte é a identificação. A gente escuta aquelas coisas bonitas dos pagodes e pensa "É assim que me sinto!" e aí aplica um "repeat" até cair bêbado chorando.

Todo mundo tem o artista com que se identifica mais. Comigo é o Matthews. Gosto do jeito que ele diz o que diz. Gosto do tom que ele diz o que diz nas canções dela. A história de como Little Thing, que aparece no Live at Luther College (que depois "virou" An another thing, no Some devil) surgiu é muito bacana. Crush é das canções que acho perfeitas em muitos sentidos - e que tem um tanto de novas conotações. Que canção que não ganha conotações novas todo dia, não é?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Insanity

Se abrisse o post logo de cara colocando o nome da banda, imagino só uma pessoa que leria interessada. Vou adiar então.
1994, o grunge ainda acontecendo, primeira administração Clinton - era outro período daqueles de "chega de republicanos!", que, para os que não se lembram, foi marcado por um outro Bush, o Senior, que também fez uma chuva de mísseis no mundo árabe. Nesse ano saiu esse disco. Era uma banda new wave que voltava com nova formação e com o frontman bem experimentado no cinema, fazendo canções muitíssimo maduras feito essa:
http://www.youtube.com/watch?v=sROhhid5CB4

A letra é brilhante, embora ela pareça ter surgido 2 anos tarde demais:
"The white folks think they're on the top, ask any proud white male
A million years of evolution, we get Danny Quayle"

"Mas quem são esses? De quem diabo você tá falando?"
Danny Elfman, jovem! E o Oingo Boingo!

domingo, 25 de outubro de 2009

Fale como se fizesse música

Não é incomum que imaginem que todo ateu é um sujeito que crê em nada, como se fôsse vazio. Se é "sem-deus", como denota a palavra, então não deve acreditar em nada, muito menos em algo intangível. Pensem o que quiser. O fato é que eu acredito em música. Imagino que, se todo mundo dedicasse algum tempo, todo dia, pra realmente ouvir uma música - como se colocasse o ouvido no peito de alguém pra auscultar o coração batendo, com muita atenção - esse mundo seria muito melhor. Se aprendêssemos a ouvir música direito, a ponto de conseguir perceber ritmos em tudo que ouvimos, então o mundo era outro. "Hitler ouvia Wagner!", vão criticar uns. Eu não disse que o mundo seria perfeito, respondo. Mesmo assim, acredito piamente que música transforma as pessoas. Como acredito, tem a ver com ouvir-se, com aprender que a gente é parte de um todo, que vibra, que ressoa, que retumba.

Tenho estado mais atento, tentando ouvir melhor. E continuo chato como sempre, querendo espalhar tudo quanto ouço de mais bonito pra todo mundo, quase como se fôsse vital. É parte da crença, a evangelização: quero que enxerguem a beleza que percebo,como se ela fôsse absoluta. Também continuo cada vez mais "abestalhado": ando na rua balançando os braços, fecho os olhos atravessando a rua, rio sozinho com refrões, canto pra Lua, escuto música na chuva... Dia desses arrumo um acidente.

Já besta desse jeito, esbarrei em "evangelização" de gente grande: o Maestro Benjamin Zander palestrando no TED, sobre música e paixão. Nem mesmo sou capaz de reproduzir o que ele disse - fora que nem é necessário - mas guardei tudo numa frase: "fale como se fizesse música". Não é exatamente assim que ele fala; é interpretação livre. Música não é uma invenção do homem; é uma descoberta. Ela tava aqui antes da gente e vai estar depois que formos embora. O que fazemos é participar, ouvindo atentos ou "fazendo música".

"Falar como se fizesse música" é dar essa atenção de que tudo precisa, no fim das contas, de estar em harmonia. É falar meio "feiticeiro", como se cada palavra pudesse comover o outro*, movê-lo. Fazê-lo participar do "jam", sempre cuidando da harmonia. Conversar em "sinfonia", atento aos tempos, aos intervalos, às deixas. Conversar "adagio" e "allegro", conforme a evolução da música, para o que é preciso bons ouvidos de ouvir. "Falar como se fizesse música" é, sobretudo, cuidar para que o que digamos não agrida os ouvidos alheios.

* Dá uma olhada em Rubem Alves, Lições de feitiçaria.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um barco na garrafa pronto pra velejar

No sábado eu tomava uma cerveja no Sapão Taioba e, não me recordo bem porquê, Andrezza e eu nos recordamos de Some Devil, disco solo do senhor David John Matthews de 2003. Não me lembro de ter lido muito a respeito à época. Se não me engano, o álbum, exatamente por ser solo, traz o Dave revendo sua vida todinha, fatos e certezas. Fica claro na capa: Matthews olha pra trás por sobre o ombro direito, com um título que, não sei se li ou se interpreto, tem a ver com a constante titubeação do sujeito que tem fé: contra a certeza de um deus há um demônio a tentar.

Sou fã do cara, mas desconheço detalhes dos fatos da vida dele. Sei que não foi fácil e que há algumas tragédias, do tipo mesmo que não acontece com todo mundo, como a irmã morta pelo marido. No disco há memórias de um acidente de carro, em So damn lucky; tem memórias de outros, em Gravedigger, que tem um tom Bartender com Don't drink the water, como homenagens póstumas. Nessa Gravedigger tem uns versos que acho sublimes: quando Matthews trata do pequeno Mike Carson, morto aos 8 anos, ele usa os verbos dos versos a seguir no presente, como se os sonhos do pequeno Mike, que eram tudo o que ele tinha, permanecessem vivos, antes que ele pudesse realizar qualquer coisa. É de partir o coração. Tem Save me, que tem bem a cara do crente em conflito, com uma levada blues muito bacana.

É dos álbuns de que não me canso nunca e que sempre me parece ter coisa pra descobrir. E entre tantas memórias, algumas certamente doloridas, há uma recomendação nos versos de Baby que, embora melancólica, tá sempre na minha cabeça, por guardar uma correspondência com o que penso dessa vida: seja um barco pronto pra velejar mesmo que esteja dentro duma garrafa.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Vesti la giubba

Das peças mais lindas de todos os tempos (na minha humilde opinião). Pavarotti era o cara.

E pra quem quiser saber o que vai na letra:
Recitar,
enquanto tomado pelo delírio
não sei mais aquilo que digo
e aquilo que faço.

Todavia é necessário. Esforça-te! Vai!
És tu talvez um homem?
Ah! ah! ah! ah! ah!
Tu és Palhaço.

Veste o casaco
e a cara enfarinha.
O povo paga
e quer rir aqui.

E se Arlequim
te rouba a Colombina,
ri Palhaço
e cada um aplaudirá.

Muda em piadas
o espasmo e o choro,
numa careta o soluço
e a dor.

Ah! Ri Palhaço,
sobre o teu amor partido.
Ri da dor
que te envenena o coração!

Genial

Como já notório que não sei nada mesmo, vou nem comentar. A imagem vale 1 milhão de palavras.

sábado, 2 de maio de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

KCRW Morning becomes eclectic

Conheci a sigla há alguns anos, ouvindo um show da Rachael Yamagata, que é das coisas melhores que tenho ouvido e por quem estou profundamente apaixonado. Culpa da KCRW. O programa “Morning becomes eclectic” com a srta. Yamagata é um show extremamente intimista, belíssimo, com uma conversa aqui e acolá pra apresentar a moça, falar das influências, das origens. E, me parece, é assim com tudo mundo.

Acabo de descobrir que o MBE tá fazendo 30 anos no ar e é o programa principal da KCRW. No site do programa descobri que muita gente estouradaça hoje passou por lá quando tava começando. Passa lá também: tá tudo explicado, tem história, tem amostras e melhor: o programa continua, facinho de baixar no iTunes como Podcast.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

“A maior banda do planeta”

Comecei a ouvir Dave Matthews Band há coisa de uns 8 anos. Fiquei fãzão mesmo: recomendava pra todo mundo, mais de uma vez, especificando músicas novas cada vez que as descobria.  Me impressionavam as harmonias, o fato de não ter uma guitarra num som tão forte e tão poderoso, os poemas do sr. Dave e o virtuosismo dos músicos, sobretudo ele mesmo e o baterista, Carter Beauford. Acho que catequisei – e enjoei – bastante gente.

Mais de uma vez, ouvi o Dave falar da “maior banda do planeta”. Eu andava impressionado com o som do cara e ele falando de uma banda ainda mais extraordinária!? Como era possível!? Nos shows da turnê Dave Matthews & Friends, que apresentava o “Some Devil”, disco solo do sr. Matthews, um cara dessa banda era frequente. Resolvi conhecer a tal da banda. Nem sei bem o que dizer a respeito. Tá escrito na descrição aí em cima que eu não sei nada de música,  Acho que o máximo que consigo é dizer que não há mesmo muitas coisas por aí como Béla Fleck & The Flecktones. Deve ter alguns por aí, mas, pra mim, a coisa começa a ficar interessante logo de cara, quando você escuta um cara de banjo, fazendo um tipo de… jazz? Não. Acho que é rock mesmo. Com… funk? Ou é country mesmo? Combina com banjo… E, à medida em que se escuta o som dos Flecktones, você descobre outras coisas na mistura, que ora lembra samba, soul, jazz, country, rock, pop… Tudo com uma assinatura musical que é muito forte.

Enfim, os Flecktones, como toda boa banda, faz shows memoráveis. Ao vivo, dá gosto de ver a banda tocar (e eles vieram a São Paulo, barato! e eu não pude ir): é muito virtuosismo! E é tão diferente que o percusso-baterista (ou seja lá o que o Futureman seja) toca “bateria de braço”! EM DVD, o Live at the Quick me pareceu bem a cara da banda. Não assisti a outros mas é um ótima maneira de responder a “Béla Fleck e os Flecktones é tipo o quê?” É tipo isso! Belíssimo show. Belíssima banda. Vale a pena demais!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Rapidinha sobre os amigos do Gabriel

Aproveitando o papo de amigo do Peter Gabriel, experimenta também:

Levon Minassian – The doudouk beyond borders

Manu Katche – Neighbourhood

Do David Rhodes não achei nada e pra falar de Tony Levin vou precisar de um post todo. Fodão demais! Dos outros caras eu confesso que nem lembro.

Mais nomes estranhos e música dos anos 80

Escrevendo sobre o Sananda aí embaixo, eu lembrei desse cara: Lakshminarayana Shankar. Durante muito tempo, procurei por ele na internet e não achava. O Shankar que aparecia era o Ravi, que tinha ficado famoso tocando com o George Harrison (e com o que seria o Traveling Wilburys). Esse Shankar – ou Shenkar – é um violinista. Conheci o cara assistindo ao Secret World Live, do Peter Gabriel – que sempre arruma uns parceiros musicais sensacionais do mundo todo. Fiquei impressionado com o som do violino dele e, naturalmente, quis conhecer mais. Demorou muito tempo, mas consegui. Ouvi bastante coisa: se não me engano, tem até um disco dele com o Frank Zappa (que participou em duas faixas) que é bacana demais.

Agora, relembrando o sujeito, já achei mais coisas que a 5 anos atrás, quando procurei. Tem o site oficial, o cara no myspace e – esse já tinha achado há mais tempo – o Wikipedia – que foi atualizado. O cara também montou uma banda de jazz com o fodão do John McLaughlin que se chamou Shakti. Maravilhoso o som!

Em suma, o dr. Shankar é foda, o som é bonito demais e acho que todo mundo tem que ouvir.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Aposto como você não sabia!

É difícil tratar sucessos da música pop dos anos 80 como clássicos sem parecer que se trata de uma piada ou de um exagero. Eu sou bastante oitentista: sou fã de Duran Duran, Oingo Boingo! e A-ha, curto Hard Rock bagarai e, em geral, gosto daquela grande sucesso que não lembro de quem era, mas que escutava demais e adorava quando era um aborrescente. Enquanto posto, ouço um som de um injustiçado que tem diversos – e verdadeiros – clássicos, com a cara da década: Terence Trent D’arby. Pelo menos, por aqui, o cara ficou esquecido e, se alguém se lembra, vai lembrar por conta de um grande sucesso, tema de novela, entitulado Wishing Well. Pois bem: aposto como você também conhece Dance, Little Sister, Do you love like you say?, If you let me stay e Elevators & Hearts. Se não conhece, vale a pena: o cara canta muito e, exceto por alguns exageros típicos da época, esse disco é belíssimo, com algumas coisas bem bluesadas e com uma variedade muito bacana de sonoridades. Presta atenção na versão dele pra Heartbreak Hotel.

O que você não deve saber sobre Terence Trent D’arby é que ele mesmo diz que morreu. Isso mesmo: o cara, que mudou de nome legalmente, disse que viu Terence morrer. Agora Terence é Sananda Maitreya. Desse cara eu não conheço nada. Quando descobrir eu conto.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Punk rock baiano!

Esbarrei nos caras sem querer, ouvindo Flaming Lips. Descobri que são baianos. Eles sobre eles mesmos:

"Punks têm atitude.
Surfies têm harmonia e ternura.
Rockers são charmosos.
The Honkers são clássicos!

The Honkers é um grupo de rock formado em Salvador, Bahia, Brasil, no final da década de 90. É conhecido por suas performances e turnês extravagantes e pela sofisticação de suas composições. Apesar de ter alcançado projeção nacional e internacional na cena underground e influenciado diversos artistas, tem na sua discografia apenas uma Demo e dois EPs lançados além de singles virtuais em formato mp3 para download gratuito na rede mundial de computadores. Sua música é muito influenciada pelo rock sessentista, ainda que reverbere muita contemporaneidade. E embora seja bastante melódica, também é capaz de conter material mais pesado. Essa dualidade é clara também nas músicas, ora ingênuas, ora carregadas de lirismo. Sputter é o principal letrista e vocalista do grupo. Geralmente escreve letras românticas e existenciais. Referências à instabilidade mental, amargura e incompreensão do mundo feminino são feitas em diversas canções."

Gostei bagarai. É divertido, nervoso. Tem coisas mais punk e outras bem misturadas no surf music. Muito bacana. Experimenta aí: http://www.myspace.com/thehonkers

domingo, 25 de janeiro de 2009

Antonio Aguilar

Diversão pura!
Não sei se o cara era um gênio musical, se com ele tocavam virtuoses, mas Antonio Aguilar é divertido demais. Ele é exagerado, dramático. Foi um ídolo entre os mexicanos e trabalhou em filmes de John Wayne (como sidekick). Conheci com Adolorido (que não achei no Deezer), mas agora mesmo escutei Ay, Chabela. Bom som, boa diversão.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Ruben Gonzáles

Outra coisa que fiquei curioso depois de rever o filme: os caras do Buena Vista! Precisou de tempo, mas fui caçar os trabalhos solos dos BV. Ainda não pude ouvir tudo, mas um disco a que escutei deslumbrado foi Todo sentimiento, de Rubén Gonzáles. A ficha é essa. Põe na lista aí e deixa baixando.

Duas das melhores coisas do mundo juntas

Muito bom. Ia num concerto desses fácil.

Couleur Kafé

Há muito tempo atrás, conheci um disco que me recomendou a Amazon.com que trazia os senhores Gerald Toto, Richard Bona e Lokua Kanza. Escutei bagarai e depois deixei de lado. Há dias voltei a ouvir e me bateu uma curiosidade de conhecer mais músicos africanos. Esbarrei num concerto de jazz que é das melhores coisas que já ouvi, o Couleur Kafé.
É uma energia do caralho, boa percussão, boa batera, baixão! Sensacional!
Segue os links e confere.

Pra começar

Tava com essa idéia de compartilhar o que gosto, falando um pouco mais, há muito tempo. Aí, finalmente, revendo uns e-mails velhos que não pude seguir, achei um do meu cunhado, o Chris, que recomendava Sin Fang Bous. Decidi escrever. O som do cara é demais! Encaixa perfeitamente nessa categoria de sons que todo mundo tinha que ter oportunidade de conhecer. O cara é islandês e soltou o primeiro disco em dezembro de 2008.

Depois diz o que achou.